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Você sabia que pode ganhar créditos que podem ser abatidos da sua conta mensal de energia gerando energia para a rede pública?

05 set 2017 • Hellius Energia Solar

Convencionalmente, a energia que utilizamos para abastecer nossas casas é proveniente da rede pública de energia, e pagamos um valor mensal proporcionalmente ao uso, certo?

Grandes unidades produtoras como termelétricas e hidrelétricas geram energia, que é transportada por milhares de quilômetros via fios condutores até chegar aos centros de consumo, onde é distribuída para os habitantes. Por conta desse grande deslocamento da energia, uma grande quantidade é desperdiçada, e quem paga por isso na verdade somos nós, consumidores.

No entanto, com os benefícios micro e mini geração distribuída, muitas pessoas estão aderindo à geração solar fotovoltaica e se tornando agentes ativos no sistema elétrico brasileiro., utilizando de seus próprios espaços (residências, pontos comerciais, etc.) como uma micro e mini usina, reduzindo drasticamente seus gastos com a concessionária de energia elétrica. Muitas vezes a energia produzida é maior do que a energia que foi consumida. Mas e o que sobra? Para evitar desperdícios, temos três opções:

 
  • A utilização de baterias, que funcionam como um reservatório de energia, são uma opção. A vantagem das baterias é a possibilidade de armazenar o que foi produzido e em caso de falta de energia, não ficar “na mão”. Em contrapartida, é preciso uma bateria de grande capacidade de armazenamento para sustentar a falta de energia de toda a carga da unidade consumidora quando necessário. Além disso, o preço das baterias ainda é bastante alto no Brasil e sua vida útil é bem curta. Esse tipo de solução faz mais sentido para unidades consumidoras de energia que não estão conectadas na rede das distribuidoras e que não possuem um consumo muito elevado, como por exemplo pequenos sítios distantes dos centros urbanos, sedes de fazendas, ou até para o funcionamento de algum equipamento específico (cercas elétricas, bombas d’agua, etc.). Esse tipo de solução é conhecida como Sistemas Fotovoltaicos Offgrid ou desconectados.
  • Outra opção se trata dos sistemas conhecidos como Ongrid ou conectados. A própria rede de energia faz o papel das baterias recebendo essa energia excedente. Assim, é possível aproveitar 100% da energia gerada. De que forma isso é possível? Uma vez que sua unidade consumidora esteja devidamente conectada na rede da distribuidora local, o medidor de energia (relógio) é substituído porá um relógio digital bidirecional capaz de medir toda a energia consumida da rede e também toda a energia que foi gerada pelo sistema e devolvida para rede. Sendo assim, um simples cálculo é feito, energia consumida menos a energia injetada é a quantidade que deverá ser cobrada do consumidor. No caso desse saldo ser negativo, significa que o consumidor tem créditos em KWh que poderão ser abatidos de contas futuras ou até mesmo de outras unidades consumidoras, desde que cumprindo alguns requisitos. A desvantagem desse sistema é a não possibilidade de estocagem de energia para se tornar independente da rede. Ou seja, se cortar a energia vindo da rede o sistema para imediatamente e retoma seu funcionamento no mesmo instante em que a energia da rede retornar. Por outro lado, os custos do investimento nesses sistemas são bem menores pelo fato de não necessitar das baterias, além de reduzir drasticamente o custo de manutenção. Esse tipo de solução é a mais interessante para consumidores residenciais em geral e para comércios onde a falta esporádica de energia não causa grandes danos ou prejuízos ao consumidor em questão.
  • A terceira opção é, na verdade, uma combinação das duas primeiras. Se trata dos sistemas híbridos. São sistemas essencialmente conectados na rede da distribuidora, porém possuem algumas baterias em menor escala que servem de backup para algumas cargas previamente definidas em caso de falta de fornecimento de energia pelas distribuidoras. Um exemplo interessante onde essa solução pode ser muito bem aplicada são para escritórios de contabilidade onde o número de computadores e funcionários são grandes e 1 ou 2 horas sem energia pode causar um prejuízo muito grande para o consumidor. Ainda sim sistemas residenciais também podem se utilizar dessa solução definindo algumas poucas cargas críticas que deverão ser mantidas em funcionamento mesmo que haja corte de energia da distribuidora. Essa solução possui um custo mais elevado do que os sistemas 100% conectados, porém para algumas situações o custo de oportunidade entre ficar sem a energia ou possuir um backup pode fazer muita diferença no bolso do cliente.

O Sistema de Compensação de Energia Elétrica foi criado pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) em 2012 com a regulamentação da resolução normativa 482 que em novembro de 2015 foi atualizada pela resolução normativa 687. Os créditos excedentes gerados são acumulados e podem ser utilizados em até 60 meses, tanto para unidade consumidora responsável pela geração ou  podem ser transferidos para abater a conta de outra unidade consumidora, desde que registrada no mesmo CPF ou CNPJ da unidade geradora.

Gostou de saber disso? Contribua agora com o sistema elétrico do nosso país gerando sua energia de forma limpa e sustentável. Saímos todos ganhando e o planeta agradece!


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